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Atraso e boicote: 'Medida Provisória' sofreu ataques antes da estreia

Fonte: Internet
Atraso e boicote: 'Medida Provisória' sofreu ataques antes da estreia

Foram vários meses
até que "Medida Provisória", longa de estreia de Lázaro Ramos na
direção, chegasse ao circuito nacional de cinema, mas esta semana marca seu
lançamento nas telonas. Antes de chegar ao grande público, o filme foi vítima
de atrasos e até tentativas de boicote por parte de apoiadores do governo
Bolsonaro. A mais recente investida contra o longa veio por meio de Eduardo
Bolsonaro, o ex-secretário de Cultura Mário Frias e o ex-presidente da Fundação
Palmares Sérgio Camargo. Os três criticaram a fala de Taís Araújo, protagonista
da história, em entrevista a Splash, chamando os anos de governo Bolsonaro de
"infernais"....

"Foram quatro
anos gloriosos e tem mais quatro pela frente. Infernal era ter que sustentar
artista com nosso suado dinheiro. Acabou! Vão trabalhar", reclamou Camargo
em seu perfil do Twitter.

Atraso da Ancine
Gravado em 2019, "Medida Provisória" levou mais de um ano para ser
liberado pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) para estrear em circuito nacional.
Foram dezenas de e-mails trocados com a agência desde novembro de 2020, além de
consultas processuais. Faltando um mês para a data que o longa estrearia, em
novembro do ano passado, o filme ainda não tinha sido liberado e a assessoria
da produção lamentou o ocorrido em nota oficial. "Mesmo com os inúmeros
recursos submetidos por suas produtoras, questões burocráticas seguem sem
retorno conclusivo", dizia o comunicado publicado em dezembro, quando o
filme teve uma exibição especial no Rio.

"O filme
"Medida Provisória" recebeu para a sua produção o valor total de R$
2,7 milhões, por meio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O investimento em
distribuição é uma opção do Fundo para aumento da sua rentabilidade, a ser
decidido após conclusão da análise técnica. O projeto, portanto, segue o
trâmite normal no âmbito da Agência", rebateu a Ancine, na época. Somente
no dia 20 de dezembro de 2021, "Medida Provisória" recebeu a
liberação para estrear em larga escala no país. "Censura nunca mais",
festejou Lázaro Ramos.

Tentativa de boicote

Em março do ano
passado, o então presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, acusou o
filme de usar recursos públicos para associar o governo Bolsonaro a crimes de
racismo e pediu que a obra fosse boicotada. "O filme, bancado com recursos
públicos, acusa o governo Bolsonaro de crime de racismo. Temos o dever moral de
boicotá-lo nos cinemas. É pura lacração vitimista e ataque difamatório contra o
nosso presidente", disparou em suas redes sociais.

"Medida
Provisória" conta a história de um Brasil distópico, no qual um governo
não especificado decide enviar todos os cidadãos negros para viver na África
para supostamente remediar os males causados pelos anosde escravidão. O filme é
baseado na peça de 2011, "Namíbia, não!", de Aldri Anunciação, também
dirigida por Lázaro.

"Sobre o filme
falar do governo atual, devo dizer que ele foi escrito em 2015 e filmado em
2019. Começou a ser concebido já no ano seguinte, em 2012. É um filme distópico
assim como várias obras realizadas na última década, a exemplo de tantos como
"Handmaid's Tale" e "Black Mirror". Qualquer comentário
sobre o filme é feito em cima de suposições ou desejo de polêmica, pois ninguém
assistiu a obra a não ser quem esteve nos festivais onde o filme foi exibido",
rebateu Lázaro Ramos.

 

 





















Fonte:
Daniel Palomares




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