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IBGE inicia ação do Censo 2022 pesquisando entorno de domicílios

Mais de 22 mil supervisores trabalharão até 22 de julho

Fonte: Tânia Rego
IBGE inicia ação do Censo 2022 pesquisando entorno de domicílios

O Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) inicia hoje (20) a coleta da
Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, que mobilizará mais de 22 mil
supervisores censitários até 12 de julho. Trata-se do marco de início da
operação do Censo 2022. No entanto, ainda não serão feitas entrevistas e os
dados serão colhidos apenas por meio de observação.

"Não é o início
da visita de porta em porta, mas é a primeira operação pública de coleta de
informações", disse o diretor de Geociências do IBGE, Claudio Stenner.

A Pesquisa
Urbanística do Entorno dos Domicílios é considerada fundamental porque todos os
mais de 326 mil setores censitários, distribuídos pelos 5.570 municípios
brasileiros, são visitados. A partir desse trabalho, são obtidas informações da
infraestrutura urbana consideradas relevantes para a administração pública.
Além disso, os dados acumulados permitirão atualizar mapas e identificar vias,
o que contribuirá posteriormente para o trabalho dos recenseadores.

Os supervisores
censitários vão percorrer todas as ruas de cada setor censitário que está sob
sua responsabilidade. Eles deverão preencher questionários incluindo dados
relacionados aos dez quesitos investigados: capacidade da via, pavimentação, bueiro
e boca de lobo, iluminação pública, ponto de ônibus ou van, sinalização para
bicicletas, existência de calçada, obstáculo na calçada, rampa para cadeirante
e arborização.

De acordo com o IBGE,
os dados levantados poderão subsidiar a formulação de políticas públicas em
áreas urbanas, visando a melhoria da qualidade de vida da população. Além
disso, as informações poderão oferecer um quadro atual de questões urbanísticas
e ambientais das cidades, permitindo comparações.

Como no Censo 2010,
será possível demonstrar, por exemplo, quais as capitais brasileiras com a
maior proporção de domicílios em áreas arborizadas. Os resultados desta edição
serão divulgados apenas no ano que vem, junto com todas as demais informações
apuradas no Censo 2022.

Histórico

O entorno dos
domicílios foi pesquisado pela primeira vez no Censo de 2010. Na ocasião,
também foi feito um Levantamento de Informações Territoriais (LIT), destinado a
reunir dados de áreas de precariedade urbana. Desde então, novas informações
foram sendo levantadas de forma amostral junto à Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada periodicamente pelo IBGE.

Em meio ao
planejamento para o próximo Censo, o IBGE decidiu em 2017 que a LIT deveria ser
unificada com a pesquisa do entorno. O atual questionário foi definido em 2019
e aplicado de forma experimental no município de Poços de Caldas (MG). Em 2021,
houve novos testes nas cidades Paulo de Frontin (RJ) e Nova Iguaçu (RJ).

Há um motivo pelo
qual esse trabalho é realizado pelos supervisores censitários. Posteriormente,
eles vão supervisionar as tarefas dos recenseadores que farão as entrevistas
com os moradores nos mesmos setores censitários. "Por isso, é importante
que eles conheçam bem a área", observa Stenner.

É a primeira vez que
serão investigados os quesitos ponto de ônibus ou van, sinalização para
bicicletas e obstáculo na calçada. Além disso, de forma inédita, todas as vilas
e favelas serão visitadas.

Segundo Stenner, no
Censo 2010 cerca de metade delas, que possuem maior adensamento, ficou de fora
por dificuldades metodológicas. Para sanar o problema nessa edição, uma nova
metodologia será utilizada pelo IBGE para fazer a identificação do percurso em
áreas labirínticas e sem sinal de GPS.

Operação censitária

O Brasil costuma
realizar seu censo demográfico de 10 em 10 anos. Ele é a única pesquisa
domiciliar que vai a todos os 5.570 municípios do país. O objetivo é oferecer
um retrato da população brasileira e das condições domiciliares. As informações
obtidas subsidiam a elaboração de políticas públicas e decisões dos governos
relacionadas com a alocação de recursos financeiros.

A nova edição, que
deveria ter ocorrido em 2020, foi adiada duas vezes: primeiro por conta da
pandemia de covid-19 e depois por dificuldades orçamentárias.

Desde o início, essa
operação censitária esteve envolvida em controvérsias. Em 2019, o IBGE anunciou
a redução do questionário, gerando críticas de setores acadêmicos.

As visitas
domiciliares para realização das entrevistas devem ter início em agosto. Há
pouco mais de duas semanas, uma decisão da Justiça Federal do Acre determinou a
inclusão no questionário de perguntas sobre orientação sexual e identidade de
gênero. Em resposta, o IBGE apresentou recurso e publicou um comunicado
alegando que não é possível atender o pedido e que, se a determinação for
mantida, o Censo 2022 precisará ser novamente adiado.

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Fonte: Léo Rodrigues/Agência
Brasil




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