A ação investiga o suposto envolvimento desses agentes com o Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa que teria sido beneficiada por meio de manipulação e vazamento de informações, venda de proteção a criminosos e esquemas de lavagem de dinheiro.
A investigação aponta que a facção movimentou mais de R$ 100 milhões com apoio dos suspeitos desde 2018. As prisões são resultado de delatação do empresário Vinícius Gritzbach, executado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em novembro.
Quem são os presos e suas acusações
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Eduardo Lopes Monteiro – Investigador de polícia. Suspeito de extorsão, vazamento de informações e apropriação de bens de origem criminosa.
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Fábio Baena Martin – Delegado de polícia. Acusado de extorquir Gritzbach e de envolvimento em desvios de bens.
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Marcelo Roberto Ruggieri – Investigador. Aponta-se que mantinha relações com integrantes do PCC, além de situação financeira incompatível com os salários da função.
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Marcelo Marques de Souza – Investigador conhecido como "Bombom". Acusado de movimentações financeiras suspeitas e patrimônio incompatível com a renda.
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Ahmed Hassan Saleh – Advogado conhecido como “Mudi”. Ligado a esquemas de lavagem de dinheiro e corrupção para influenciar eleições municipais.
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Robinson Granger de Moura – Empresário apelidado de “Molly”. Suspeito de articular ações do PCC e lavagem de dinheiro.
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Ademir Pereira de Andrade – Empresário acusado de atuar como agente financeiro da organização criminosa.
Apreensões Durante a ação, a Polícia Federal apreendeu armas, munições, joias, dinheiro em espécie, um carro de luxo e uma lancha. Na casa de Marcelo Marques, foram encontrados R$ 620 mil, US$ 1 mil e 1,5 mil euros.
Respostas das defesas Os advogados dos investigados afirmam que as prisões são prematuras e arbitrárias. Daniel Bialski, que representa Eduardo Monteiro e Fábio Baena, ressaltou que os fatos já foram investigados anteriormente e arquivados pela Justiça. A defesa de Marcelo Ruggieri e Rogério Felício também reforçou a confiança na Justiça para comprovar a inocência dos clientes.
Posicionamento da SSP-SP A Secretaria da Segurança Pública informou que acompanha os desdobramentos e reitera que não compactua com desvios de conduta. Caso haja comprovação das irregularidades, medidas serão adotadas.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro, cujas penas podem somar até 30 anos de reclusão.
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