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Sexta-feira, 28 de Marco de 2025
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Concorrendo ao Oscar, Fernanda Torres ganha mural em MG e 'hita' ao comentar publicação de artista nas redes sociais

A obra feita pelo artista urbano Dequete está na Rua Felisberto Carrejo, na esquina com a Teixeira Santana, Bairro Fundinho, em Uberlândia. Com a publicação nas redes sociais, o mural do artista chegou até a atriz que comentou na postagem.

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Concorrendo ao Oscar, Fernanda Torres ganha mural em MG e 'hita' ao comentar publicação de artista nas redes sociais
Mural da Fernanda Torres em Uberlândia — Foto: Dequete
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Rua Felisberto Carrejo, esquina com a Teixeira Santana, no Bairro Fundinho, em Uberlândia. Esse é o endereço exato do mural em verde, laranja e azul que eternizou a atriz Fernanda Torres, que concorre ao Oscar neste domingo (2).

A imagem da arte feita pelo grafiteiro Dequete ganhou as redes sociais e "chegou" até Fernanda.

A atriz digitou três corações e foi o suficiente para que a postagem reunisse, em um só lugar, brasileiros de todas as partes que torcem para que a brasileira seja premiada.

"Quando a Fernanda estava para ganhar o Globo de Ouro e ganhou, meu público pediu para que eu fizesse o mural. Eu já estava com a ideia de fazer e juntei o útil ao agradável. Levou um tempo até eu conseguir um local que tivesse certa visibilidade. Eu tenho um carinho imenso pelo Fundinho e o mural foi uma forma de contribuir para colorir aquela região", afirmou Dequete.

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'99% suor e 1% inspiração, tá ligado?'

"Gra-ffi-ti" É assim que Dequete soletra a palavra que nomeia a principal arte. Para quem não conhece o artista, que prefere não mostrar o rosto, ele tem um jeito único de descrever o trabalho pelo qual é apaixonado.

Ao relembrar o processo de construção do mural de Fernanda Torres, ele ressalta que muito mais do que tintas numa parede, ali está 99% suor e 1% inspiração, "tá ligado?"

E o processo foi uma loucura. Quando decidiu que tiraria o mural do papel, Dequete andou por Uberlândia procurando pontos de destaque, lugares que poderiam atrair os olhos da população. E foi assim que chegou à Rua Felisberto Carrejo, na esquina com a Teixeira Santana.

"Nesse caso do muro, conversei com uma funcionária que fez a ponte com o proprietário. Lá é uma empresa de equipamentos odontológicos, eu acho [ri] que não cheguei a entrar. Assim que o proprietário topou já comecei a riscar a parede, e logo nos primeiros momentos o pessoal ficou de olho".

 

Nos quatro dias passou pintando o mural, quem passou pelo local não mediu esforços para elogiar o artista. Teve gente que buzinava, outros gritavam "tá lindo" e por aí vai. O grafiteiro diz que essa é a graça de ser um artista urbano, "do hip hop irmão", trazer a galera para perto e acabar propondo essa criação conjunta.

"O legal é que a arte urbana, seja grafite ou mural, conecta as pessoas porque está na rua."

Além das cores inusitadas, o artista afirma que a escolha do verde, laranja e azul para todas as obras é uma forma de reforçar quem ele é enquanto artista. Não foi do dia para a noite que isso aconteceu, e sim é o resultado de um trabalho de 26 anos.

 

"Uma das minhas referencias são os grafiteiros Otávio e Gustavo, "Os Gêmeos" de SP (São Paulo). Eles fazem grafite pelas ruas e eles só pintam de amarelo, por exemplo."

 

E as dúvidas não param por aí. Agora que já está explicado porque as artes de Dequete têm cores específicas, o artista conta sobre a escolha dos olhos amarelos para todas as suas obras.

O apelido Dequete surgiu em 2001, quando o artista ainda morava em Belo Horizonte, depois de sofrer uma tentativa de homicídio.

“Meus amigos me apelidaram de The Cat (o gato) depois que levei seis tiros a queima-roupa, ainda tenho uma bala alojada na cabeça. Como não morri, eles colocaram esse nome por falarem que os felinos possuem sete vidas, e como foram seis tiros, foi como se eu tivesse gastado seis vidas”, contou.

E é essa nova vida que o artista dá para aqueles que se tornam parte do seu universo criativo.

"Todos viram gatos. Então, esse é um mural da felina Fernanda Torres, pelo Dequete, de Uberlândia."

FONTE/CRÉDITOS: Por Gabriel Reis, g1 Triângulo — Uberlândia
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