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Quinta-feira, 27 de Marco de 2025
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Estados Unidos e Ucrânia voltam a negociar na Arábia Saudita

Delegação ucraniana e autoridades americanas, incluindo o secretário de Estado, Marco Rubio, levam para território saudita propostas de cessar-fogo e possível fim do bloqueio de ajuda militar determinado por Trump

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Por Cidade a Cidade
Estados Unidos e Ucrânia voltam a negociar na Arábia Saudita
Saudi Press Agency/REUTERS
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Autoridades dos Estados Unidos e da Ucrânia se dirigiram à Arábia Saudita nesta segunda-feira (10/03) para retomar negociações sobre um cessar-fogo. É a primeira aproximação dos dois países desde a fatídica reunião entre Donald Trump e Volodimir Zelenski na Casa Branca, que levou Washington a suspender toda ajuda militar à Ucrânia.

Trump acusou Zelenski de ingratidão por não aceitar uma trégua ditada por EUA e Rússia. Ele agora espera forçar o presidente ucraniano a se sentar à mesa de negociações com Moscou – e a assinar o acordo que ficou pendente de exploração de terras raras na Ucrânia, uma riqueza mineral estratégica.

A delegação ucraniana, liderada pelo chefe de gabinete de Zelenski, Andriy Yermak, se reunirá na terça com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e outros representantes do governo americano na cidade saudita de Jeddah, considerada um terreno neutro.

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Nenhum dos presidentes participará das conversas. Zelenski esteve na cidade nesta segunda para se encontrar com lideranças do governo saudita, que tem desempenhado um papel de mediador entre a Ucrânia e a Rússia.

"De nossa parte, estamos totalmente comprometidos com o diálogo construtivo e esperamos discutir e chegar a um acordo sobre as decisões e medidas necessárias", disse Zelensli num post no X. "Propostas realistas estão sobre a mesa. A chave é agir de forma rápida e eficaz."

Enquanto as negociações se arrastam, as forças russas intensificaram sua ofensiva, lançando ataques de mísseis balísticos contra milhares de tropas ucranianas que avançaram e se mantiveram por sete meses na região russa de Kursk.

Marco Rubio é recebido por homens sauditas
Secretário de Estado americano, Marco Rubio, chega a Jeddah para negociações de cessar-fogo na UcrâniaFoto: Saul Loeb/AP/picture alliance

O que está na mesa

"Temos uma proposta de cessar-fogo no céu e cessar-fogo no mar", disse uma autoridade ucraniana à AFP, justificando que essas opções seriam "fáceis de instalar e monitorar".

Marco Rubio indicou que a ideia é promissora. "Não estou dizendo que apenas isso seja suficiente, mas é o tipo de concessão que você precisaria ver para acabar com o conflito", disse aos repórteres.

"Você não conseguirá um cessar-fogo e o fim desta guerra a menos que ambos os lados façam concessões", acrescentou.

Rubio afirmou que esperava "resolver" a suspensão da ajuda militar que está ameaçando prejudicar a campanha da Ucrânia.

"Acho que a noção da pausa na ajuda, de modo geral, é algo que espero que possamos resolver. Obviamente, o que acontecer amanhã será fundamental para isso", disse ele.

Após a crise no Salão Oval, Zelenski procurou estreitar os laços com o líder norte-americano. O presidente ucraniano diz que está disposto a assinar um acordo sobre a exploração de terras raras, embora pareça improvável que ele obtenha garantias de segurança dos EUA, que Kiev considera vitais para evitar futuros ataques russos.

Com o suporte dos Estados Unidos em dúvida, Zelenski procurou obter apoio europeu, no que foi atendido. Os líderes da região têm buscado reunir recursos para tornar a região menos dependente dos Estados Unidos para a sua defesa. Ainda assim, o presidente ucraniano tem sido pressionado a salvar o relacionamento com Washington, que tem sido o maior apoiador militar da Ucrânia desde a invasão russa de 2022.

Trump disse a repórteres, a bordo do Air Force One, que os EUA estavam "quase" prontos para retomar a ajuda. "Queremos fazer tudo o que pudermos para que a Ucrânia leve a sério a ideia de fazer algo", disse.

Espera-se que o lado ucraniano proponha um plano de paz que inclua o fim dos ataques de drones e mísseis, bem como a suspensão das atividades militares no Mar Negro. Zelenski disse que a proposta seria um teste do compromisso da Rússia em acabar com a guerra. Até o momento, porém, Vladimir Putin não demonstrou interesse em um cessar-fogo

Zelenski também disse no início de março que estava pronto para assinar o acordo, dias depois da discussão inflamada com Trump e o vice-presidente dos EUA, JD Vance, no Salão Oval.

FONTE/CRÉDITOS: DW Brasil
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