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Terça-feira, 07 de Outubro de 2025
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Primeiro longa brasileiro com herói afro-indígena inicia produção

'Funileiro em Alta Voltagem', do cineasta Tico Barreto, constrói uma São Paulo futurista e distópica e explora protagonista miscigenado

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Primeiro longa brasileiro com herói afro-indígena inicia produção
Rafael Leinders
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O primeiro longa-metragem brasileiro a ter um herói afro-indígena como protagonista, Funileiro em Alta Voltagem, inicia a pré-produção através do cineasta Tico Barreto. Previsto para ser rodado em 2026 e lançado em festivais no final de 2027, o filme une ação, ficção científica e representatividade ao narrar a trajetória de Leonardo, um jovem funileiro que, em uma São Paulo futurista e distópica, enfrenta o tráfico com uma armadura indestrutível construída a partir de sucatas.

O projeto nasceu de um roteiro de Ayrton Baptista e evoluiu para uma história que mistura brasilidade, diversidade e crítica social. "Queremos mostrar o protagonismo de um herói miscigenado, que luta com aquilo que é rejeitado pela sociedade, transformando sucata em força revolucionária", explica Tico.

Na trama, Leonardo conta com o apoio do irmão autista, que o ajuda a criar a armadura, e da mãe Jacira, líder religiosa indígena guardiã de segredos ancestrais. Outros personagens ampliam a densidade da narrativa, como Jéssica, primeira namorada do herói, hoje envolvida com o traficante César; Dona Joana, mãe de Jéssica e chefe de uma rede internacional de tráfico; e Mestre dos Magos, "líder espiritual" dos traficantes, que convence jovens de que as drogas químicas oferecem uma falsa experiência de autoconhecimento.

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Mais do que cenas de ação, Funileiro em Alta Voltagem busca ser um ato político de inclusão. O longa pretende unir atores consagrados do cinema nacional a talentos vindos de oficinas sociais, além de garantir que pelo menos 30% do elenco seja formado por pessoas PCD, neurodivergentes, obesas ou na terceira idade. 

"Acreditamos que essas pessoas não são deficientes, mas eficientes. Basta dar oportunidade, treinar e criar espaço para que brilhem", afirma Tico, que é criador do MOVA - Movimento Nacional do Audiovisual, iniciativa independente sem fins econômicos que luta pela igualdade na indústria do audiovisual, debatendo e contribuindo com a construção de políticas públicas para o setor, prezando por acessibilidade a diversidade de corpos e de gêneros. 

O filme ainda traz um diferencial no conceito de superpoder: Leonardo não possui habilidades sobrenaturais, mas carrega a força da amizade e do amor como armas de resistência. "Por mais simples que pareça, esse poder humano está sendo perdido. Queremos resgatar sua força transformadora, capaz de aproximar e mudar vidas", conclui o diretor.

Atualmente em fase de captação de recursos e parcerias com produtoras, atores e investidores, Funileiro em Alta Voltagem está no segundo tratamento do roteiro, e deve chegar ao circuito brasileiro em 2027.

 

Foto: Rafael Leinders

 
FONTE/CRÉDITOS: João Agner
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