Uma casa que acolhe, incentiva o empreendedorismo e empodera mulheres. A Casa da Mulher de Santos comemorou seu primeiro ano de aniversário com parceria inédita que prevê a criação de cursos direcionados às mães atípicas.
A carta de intenção foi assinada durante uma cerimônia com direito a bolo e homenagens, nesta sexta-feira (12), no equipamento situado na Avenida Rangel Pestana, 150, Vila Mathias. Pela parceria entre a Prefeitura e o Instituto Autismo Brasil (IAB), mães atípicas poderão participar de cursos e oficinas que as ajudarão a empreender.
A presidente do IAB, Fabiola Souza Julião, também mãe atípica, afirma que 90% das mães deixam o mercado de trabalho formal para se dedicar integralmente aos filhos neurodiversos. “É um projeto social comprometido com a dignidade, inclusão e transformação real”.
COMEMORAÇÃO
A cerimônia de aniversário reuniu autoridades, usuários do equipamento, colaboradores e parceiros que ajudaram na construção e evolução do equipamento e que foram homenageados com uma placa simbólica da Casa da Mulher.
A vice-prefeita e Secretária de Educação, Audrey Kleys, destacou que o primeiro ano é um marco para a Cidade. “Aqui estão reunidas pessoas que se dedicaram para a entrega deste equipamento, que se transformou em um meio de acesso aos serviços ofertados por várias secretarias da Prefeitura”.
A secretária de Desenvolvimento Social, Renata Bravo, acompanhou o início da instalação da Casa da Mulher, quando era titular da Secretaria da Mulher, Cidadania, Diversidade e Direitos Humanos (Semulher), em 2024. “Sou muito grata por ter participado da construção desse equipamento que envolveu tantas pessoas e se transformou num local que reúne políticas públicas”.
AVANÇOS E EMPODERAMENTO
Ao falar dos avanços deste primeiro ano, Nina Barbosa, titular da Semulher, lembrou que foram mais de 1 mil atendimentos nos vários serviços disponibilizados e 500 certificações nos cursos de qualificação profissional com o apoio do Sebrae Delas, Senai e Senac. “São mulheres que aqui encontraram autonomia”.
A secretária ressalta ainda que a Casa da Mulher foi projetada para atender todas as mulheres e, dentre as mais de 40 ações, destaca a defesa das vítimas de violência- na casa, contam com rede de apoio que inclui acompanhamento social, psicológico e jurídico pela Coordenadoria de Assistência Judiciária Gratuita e Orientação Jurídica ao Cidadão (Cadoj).
EMPREENDENDO
Angelita Bialli, 50 anos, deixou o mercado de trabalho formal e decidiu empreender fazendo doces e salgados em casa. Mas, achou que precisava evoluir. Atualmente está fazendo o curso de fabricação de pizzas e salgados assados. “O convívio no dia-dia ensina a pôr a mão na massa e ajuda curar corações porque vemos nosso crescimento pessoal”.
Ericka Nunes dos Santos, 31, concluiu o curso de panificação e aprendeu a fazer bolos, doces e salgados. Hoje, empreende vendendo as delícias que aprendeu a fazer. “Vir para a Casa da Mulher foi uma virada de chave na minha vida. Hoje tenho minha independência financeira”.
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